sexta-feira, 27 de maio de 2011

Minha casa, minha vida: Caixa e BB de mãos dadas?

A estabilidade da moeda e o programa “Minha casa, minha vida” facilitaram o acesso e o entendimento do crédito habitacional no Brasil. Mas, ao que parece, a presidente Dilma Rousseff quer mais. De acordo com a colunista Flávia Oliveira, do jornal “O Globo”, a presidente teria pedido uma parceria entre o Banco do Brasil (BB) e a Caixa Econômica Federal para ampliar a oferta de financiamento para moradias. A medida ainda está em fase de estudos, mas, de acordo com os simuladores de financiamento dos dois bancos, o pedido de Dilma vai exigir muito trabalho de ambos para se acertarem.

No site das duas instituições, é possível simular como ficaria um financiamento de um imóvel de R$ 100 mil para uma família com renda de R$ 2.100 pelo programa “Minha casa, minha vida”. O resultado que o Extra encontrou deixou confuso até mesmo experientes economistas. Imagine o candidato a mutuário?

Enquanto na Caixa é preciso dar uma entrada de R$ 448,95, no BB ela não é necessária. O que começa estranho ainda piora: o valor das parcelas que, de acordo com a tabela SAC, utilizada pelos dois bancos, deveria ser decrescente, no BB, é variável.

Isso porque o banco utiliza um valor para o Fundo Garantidor da Habitação (o equivalente ao seguro), de forma inconstante. Se, na primeira parcela, o mutuário pagaria um montante de R$ 12,78 para o seguro, na última, o valor pago subiria para R$ 20,93.

Na Caixa, este seguro é fixo, no valor de R$ 12,59 por mês. Ou seja, a única variável comum aos dois bancos seria o subsídio do governo, calculado em cima da renda, que seria de R$ 12.388 em ambos os casos.

A diferença no valor final de um imóvel de R$ 100 mil seria de apenas R$ 586,35, mas deve subir em financiamentos maiores.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Na busca pela moradia ideal, necessidades da família devem ser levadas em conta



Decidir morar sozinho, casar-se, ter filhos e depois ver os espaços ficando maiores, quando eles resolvem caminhar com as próprias pernas… Cada fase da vida tem uma necessidade diferente e, como o lar precisa ter a cara do dono, os perfis de moradia também tendem a mudar com o tempo. Assim, saber o tipo de habitação ideal para cada família pode poupar fôlego e aumentar as chances de encontrar aquele imóvel perfeito. Para auxiliar quem ainda procura a agulha no palheiro, o Extra ouviu especialistas do mercado imobiliário.

Segundo Bruno Theodoro, diretor da Estrutura Consultoria, a primeira coisa que se deve levar em consideração é o tipo de imóvel:

“A orientação sobre o local e as características da moradia podem ser específicas para cada caso, mas a quantidade de quartos é categórica.”

Suíte para casal novo - Para um casal com dois filhos pequenos, é recomendável a compra de um apartamento de dois quartos, com dependência reversível - que pode se transformar num terceiro quarto, no futuro. Já os recém-casados gostam de suíte.

Para a diretora de vendas da imobiliária Fernandez Mera, Renata Vivarelli, o entorno do empreendimento e a oferta de infraestrutura são fatores que também devem pesar na hora da escolha:

“Para casais com filhos pequenos, a infraestrutura de segurança e lazer do condomínio é fundamental. Para solteiros que dividem apartamento, o que importa mesmo são a economia da taxa condominial e a facilidade de locomoção.”

Casal com filhos pequenos:
- Infraestrutura de lazer e segurança

- Dois quartos, com dependência reversível - cerca de 70m²

- Condomínios fechados (conceito de minicidade), com imóveis menores e infraestrutura maior, próximo a escolas e ao comércio

- Zonas Oeste e Norte (Vila da Penha, Madureira) do Rio, Nova Iguaçu e Duque de Caxias

Casal com filhos adolescentes:
- Economia de locomoção

- Dois ou três quartos - cerca de 70m² e 80m²

- Próximo de locais com vida noturna, shoppings, escolas e universidades ou condomínios com ônibus

- Zonas Oeste e Norte (Tijuca, Vila Isabel, Vila da Penha, Méier) do Rio, Nova Iguaçu, Niterói e São Gonçalo

Recém-casados:
- Praticidade e infraestrutura de lazer e segurança

- Dois quartos, com suíte - cerca de 60m² e 65m²

- Condomínios-clubes próximos da família e do comércio, com infraestrutura de transporte

- Zona Norte do Rio (Vila da Penha, Madureira, Tijuca, Vila Isabel, Méier, Cachambi)

Solteiros que moram sozinhos:
- Praticidade

- Quarto e sala, dois quartos pequeno ou residencial com serviços - de 30m² a 65m²

- Local com comércio próximo, infraestrutura de transporte e vida noturna intensa

- Zonas Sul e Norte do Rio, Baixada Fluminense e Niterói

Solteiros que dividem apartamento:
- Praticidade e preço

- Dois quartos, sem dependência - cerca de 60m²

- Prédio com poucos serviços e taxa condominial barata, próximo do comércio e da vida noturna do bairro

- Zona Norte do Rio, Baixada Fluminense, Niterói e São Gonçalo

Idosos:
- Comodidade e tranquilidade

- Dois quartos, com dependência - cerca de 75m²

- Prédio antigo, com apartamentos maiores e elevador. Local tranquilo e próximo de farmácias, padarias e praças

- Zonas Sul (Copacabana, Flamengo, Botafogo, Urca) e Norte (Méier, Grajaú, Tijuca, Vila Isabel) do Rio.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Valorização do metro quadrado em BH garante ganho acima de 1,3% ao mês

Rentabilidade supera a de outras aplicações

O boom do mercado imobiliário é visível a partir de uma observação pelas ruas de Belo Horizonte. Casas e prédios de três andares dão lugar a edificações de grandes proporções nas áreas mais valorizadas e, por toda a cidade, o metro quadrado cresce de preço em uma proporção exponencial. A modificação do cenário urbano rende bons frutos para quem apostou no segmento como fonte de investimento. Os investidores, inclusive, representam hoje 30% dos compradores de lançamentos.

Estudo feito pelo presidente do Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário e da Câmara do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI-Secovi), Ariano Cavalcanti de Paula, mostra que em média um terreno de 600 metros quadrados (m2) no Bairro Funcionários, vendido em 2008 por R$ 1.150 o m² foi revendido no ano passado por R$ 4,3 mil o m², o que significa uma valorização de 273% em dois anos, ou uma taxa efetiva de 5,65% ao mês. Se os terrenos renderam muito, os apartamentos tiveram uma variação menor. O estudo mostra que em um período de 66 meses, entre 2004 e 2010, a valorização média foi de 147,66%, ou 1,38% ao mês.

Quando comparado a outros investimentos, os imóveis são uma ótima pedida. Considerando os dois últimos anos, outras aplicações financeiras tiveram um rendimento menor. Quem aplicou na Bolsa de Valores teve um ganho médio de 9% no período. Já quem apostou na caderneta de poupança teve um rendimento de 11%. O CBD rendeu em média 1,01% ao mês em 24 meses.

O presidente da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais de Minas Gerais (Apimec-MG), José Domingos Viera Furtado, entende que os imóveis foram um excelente investimento, mas é preciso cuidado. “Estão em um patamar de preço alto, embora não existam sinais de queda”, entende Furtado. Ariano, do CMI-Secovi, também ressalta que a valorização excessiva dos terrenos praticamente inviabiliza novos negócios aos preços de hoje.

Aposta Indiferente às nuanças, Victor Marques de Carvalho Ferreira aposta pesado nos imóveis com conhecimento de causa, pois é coordenador de suprimentos da Asa Incorporadora. Ele começou a investir no fim de 2008 e na primeira aposta conseguiu uma valorização de 83% em um ano e meio. “Comprei por R$ 72 mil no lançamento. Dei uma entrada de R$ 12 mil e financiei o resto. Acabei vendendo por R$ 132 mil. Paguei o financiamento e embolsei o resto”, conta. Em geral, a valorização entre o lançamento e a entrega das chaves gira em torno de 35% a 40%.

Como os investidores não entram com o valor total do imóvel, a lucratividade com a compra e venda também é muito superior à simples valorização do apartamento. “Ganho entre 70% e 80% acima do valor investido”, afirma. Há seis meses, Victor gerencia um grupo de investimentos que já soma 12 pessoas. “Cada um entra com o valor que pode e depois recebe a rentabilidade proporcional ao investimento”, conta. Atualmente, Victor está com seis apartamentos comprados em diversas regiões da capital. O primeiro ponto avaliado para fechar a venda é o preço do metro quadrado. “A localização e os serviços que o prédio oferece, como espaço de lazer, também contam”, revela.(UAI)

terça-feira, 29 de março de 2011

Custo da construção acelera para 0,44% em março, diz FGV

brasileiro gastou 0,44% a mais para construir no mês de março, segundo informações do INCC-M (Índice Nacional de Custo da Construção) da FGV (Fundação Getulio Vargas), divulgado nesta segunda-feira (28).

A variação é 0,05 ponto percentual maior do que a registrada em fevereiro, quando ficou em 0,39%. Nos últimos 12 meses, o INCC-M, que é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês atual, tem variação acumulada de 7,45% e no acumulado do ano a taxa é de 1,21%.

Grupos

O grupo Materiais e Equipamentos e Serviços registrou variação de 0,60% este mês, resultado inferior ao apurado em fevereiro, de 0,65%.

Dois dos quatro subgrupos componentes apresentaram acréscimos em suas taxas de variação: materiais para estrutura (0,30% para 0,63%) e equipamentos para transporte de pessoas (0,16% para 0,29%).

No que diz respeito ao grupo Mão de Obra, a variação foi de 0,27% este mês, maior frente à taxa de 0,12% verificada no segundo mês do ano. Já Serviços, ficou em 0,46% contra 1,04% registrado no mês anterior.

Influências

No geral, as maiores influências positivas para o resultado apurado no mês de março foram as seguintes: vergalhões e arame de aço ao carbono (de 0,87% para 2,45%), ajudante especializado (de 0% para 0,43%), servente (de 0% para 0,32%), tijolo/telha cerâmica (de 0,70% para 0,92%), e tubos e conexões de PVC (de -0,16% para 1,53%).

Por outro lado, as maiores influências negativas foram dos tubos e conexões de ferro e aço (de 0,34% para -0,27%), compensados (de 0,49% para -0,26%), madeira para telhados (de 0,24% para -0,03%), areia lavada (de 1,26% para -0,03%), e gesseiro (repetiu a variação de 0%).

terça-feira, 22 de março de 2011

Cai número de ações por inadimplência no aluguel

Levantamento realizado pelo Secovi-SP (Sindicato da Habitação) em 13 fóruns regionais da capital paulista mostra que foram ajuizadas em janeiro na cidade 1.166 ações locatícias, contra 1.231 no mesmo período de 2010, o que representa uma queda de 5,3%. Trata-se do menor volume desde janeiro de 1994, mês em que houve 1.127 processos. Sinal de inadimplência em baixa.

“Considerados todos os meses do ano, esse é o menor volume de ações desde o período de julho a setembro de 2004, quando o Poder Judiciário estava em greve”, informa Roberto Akazawa, gerente do Departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP. Segundo ele, naquele ano, foram ajuizadas apenas 645 ações em agosto, 558 em setembro e 860 em outubro.

Das 1.166 ações de janeiro, 911 (ou 78,1%) foram por falta de pagamento. As ordinárias ficaram com a segunda colocação, com 15,5% (181 ações), e as renovatórias participaram com 5% (58 ocorrências). As ações consignatórias (16 ocorrências) responderam por 1,4% do total.

Em comparação com o mês de dezembro de 2010, quando houve 1,4 mil processos, houve redução do total de ações da ordem de 16,7%. As ocorrências por falta de pagamentocaíram 15,8% em relação ao mês anterior. A maior queda (40%) foi observada nas ações renovatórias.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Imóveis e o Leão: veja o que mudou e como declarar compra, venda e aluguel

Venda e compra de terrenos e imóveis, reformas, recebimento de aluguel, financiamentos e investimentos imobiliários. Em se tratando de Imposto de Renda, o contribuinte precisa ficar atento no que ele deve declarar nessas situações. E neste ano, o Leão tem novidades.

Na declaração de 2011, os contribuintes poderão informar o valor que eles pagaram ao corretor pela administração dos imóveis alugados. “O que acontece é que, agora, existe um novo código para declarar esses gastos”, explicou o supervisor Nacional do IRPF, Joaquim Adir.

Antes, os contribuintes apenas deduziam dos valores recebidos referentes ao aluguel os gastos com a corretagem e demais custos para a manutenção do imóvel no campo Rendimentos Tributáveis Recebidos de Pessoa Jurídica, caso o aluguel fosse pago por empresas, ou no campo Rendimentos Tributáveis Recebidos de Pessoa Física.

Agora, é possível inserir o valor recebido com a dedução nos campos específicos e também o valor pago ao corretor, na ficha Pagamentos e Doações Efetuados, selecionando o código 071 – Administrador de Imóveis.

Outra novidade na hora de declarar imóveis é com relação aos imóveis alugados à pessoa jurídica. Antes, não era possível incluir o CNPJ da empresa no campo Rendimentos Tributáveis Recebidos de Pessoa Jurídica. Agora, isso é possível. De acordo com Adir, a ideia é tornar mais fácil o cruzamento de dados fornecidos pelos contribuintes e pelas empresas.

Como declarar imóveis?
Se as novidades da Receita Federal vieram no sentido de tornar mais claras as informações dos contribuintes, reduzindo as chances de ele cair na malha fina, para muitos elas tornaram mais complicada a declaração de imóveis.

Mas, para o conselheiro do CRC-SP (Conselho Regional de Contabilidade), Julio Linuesa Perez, os contribuintes não precisam ter quaisquer receio. Basta certificarem-se de que têm todos os documentos que comprovem todas as informações colocadas na declaração. “Tudo tem de ter comprovante”, ressalta.

“O contribuinte tem de ter em mente que o Fisco tem como checar tudo o que ele está declarando”, reforça o advogado tributarista e sócio do escritório Wald Advogados Associados, Alexandre Naoki Nishioka.

Mas, mesmo com os documentos em mãos, muitos contribuintes podem ter dúvidas sobre como declarar imóveis, aluguéis recebidos e investimentos imobiliários. E para cada situação existe um caminho.

Compra
Todo o patrimônio móvel e imóvel deve ser declarado na ficha Bens e Direitos do formulário do Imposto de Renda. No caso dos imóveis, o primeiro passo é certificar a declaração do ano anterior. “Para imóveis lançados em anos anteriores, basta importar os dados”, explica Perez.

Já caso o contribuinte tenha comprado um imóvel, as informações devem ser detalhadas. Se o imóvel foi totalmente quitado, informa-se na declaração do IR o valor pago. Já se a unidade foi financiada, Nishioka afirma que o contribuinte deve declarar apenas os valores efetivamente pagos no ano-calendário de 2010.

Se para a compra, o contribuinte utilizou o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), esse montante deve ser lançado na ficha Rendimentos Isentos e Não Tributáveis. E deduzido do valor que deve entrar em Bens e Direitos.

Venda
Os especialistas afirmam que, caso os contribuintes tenham vendido o imóvel, o valor deve estar informado no programa Ganhos de Capital, que ficou disponível ao longo de todo o ano passado, e a informação deve ser importada para a declaração.

No entanto, se o montante tiver sido adquirido por meio da venda do imóvel residencial e tiver sido usado para a compra de outro imóvel residencial, o contribuinte está isento de IR. Isso se o intervalo entre a venda e a compra for de até 180 dias e desde que a unidade comprada também seja de natureza residencial.

Reformas
Qualquer intervenção que se tenha feito no imóvel deve ser declarada, desde que, novamente, o contribuinte tenha todos os documentos que comprovem as benfeitorias. “Toda e qualquer tipo de reforma acresce o valor do imóvel”, explica Nishioka.

Aluguéis recebidos
Quando o contribuinte recebe aluguel de algum imóvel, ele deve ficar atento. Se for recebido de pessoa jurídica, valem as mudanças. “Os contribuintes devem obter da empresa o informe de rendimentos”, alerta Perez, do CRC.

Caso os valores sejam recebidos de pessoa física, o contribuinte deve atentar se a soma dos ganhos não ultrapassam o limite de isenção da tabela progressiva, de R$ 17.989,80. Se passarem desse limite, ele deve recolher com o carnê-leão ao longo do ano. E na ficha Pagamentos e Doações Efetuados, ele deve especificar o valor recolhido e o recebido ao longo de 2010.

“Caso não recolha o carnê-leão, além do valor a ser pago de imposto ser maior, o contribuinte ainda corre o risco de receber uma multa do Fisco por não ter feito o recolhimento”, explica Perez.(Infomoney)